sábado, 3 de novembro de 2007

- Fechei-me em mim. Nunca mais ninguém viu a beleza que eu possuia. Nunca mais a minha caneta escreveu maravilhas capazes de fazer alguém sonhar. Nunca mais um sorriso me saiu sincero. Procurei em meio mundo uma forma de fugir do que sentia de ti. Nada resultou. Apenas o tempo. O amor transformou-se em odio. Não por ti, mas por tudo. O odio em indiferença. A indiferença em apatia. No fim eu já não era nada. E do nada saí, marcado para sempre pelo sofrimento. E nisto me tornei...

- No quê?

O sorriso dele desvanece-se. Vê-se nos seus olhos a mágoa.

- Num poeta maldito.

Ele levanta-se e sai.

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